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Sobre morte, trabalho e amor.


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Minha mãe foi levar flores para o túmulo da minha avó em uma cidade perto de Catanduva. Chega disso, mãe. Isso não faz bem. Melhor as pessoas serem cremadas, disse ela. Assim elas voltam para onde vieram. O nada.

Tem dia que é difícil. Fim de ano é uma angústia. É minha avó que morre a cada Natal. Somos eu e minha mãe chorando no telefone. Que merda. As pessoas não voltam mesmo.

Podiam nos dar a chance de ressuscitar uma pessoa por vida. Cada um, a partir de hoje, tem direito de trazer uma pessoa para que ela viva por mais 1 ano. Ê, vó. Eu te traria agora. Pra gente ficar conversando sem interrupção até os meus 27 anos.

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Nunca achei que eu fosse me acostumar com a vida de autônoma. Ficar quieta. Sozinha. Eu e o vento. Às vezes a chuva. O silêncio de uma casa em que só eu existo durante a manhã e tarde. Hoje saí para comprar lâmpadas, passei pelo senhor que vende cocadas na minha rua e fiquei pensando como é bom e abençoado trabalhar em casa. São fases. Esta é a minha fase de trabalhar na minha casa. De fazer dela o espaço mais criativo que possa existir. Obrigada. Tenho sido feliz.

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Li sem querer hoje umas mensagens que troquei com um ex-namorado, de meses atrás. Ele dizia "mi amor", eu dizia "amanhã quero mil beijos". Hoje não dizemos mais nada. Não significamos mais nada. Continuamos sozinhos. No aguardo. As mulheres esperando que um homem salve suas vidas. Os homens esperando o próximo jogo de futebol. O amor não fica. Ele apenas se movimenta entre os dedos, bocas, pernas, pés e esvazia garrafas de vinho. De registro, só tenho pequenos trechos. Você passou. *foto de sourire.

Se você gostou dessa crônica, pode gostar de: Alguém avisa? Acorda! Traduzir-se A indiferença da bandeira 

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